Para compreendermos a fundo esta temática, é necessário interpretar o conceito por trás do termo “trauma”. Afinal, ele engloba as consequências experienciadas por um indivíduo que enfrentou situações negativamente desafiadoras e impactantes, marcando a sua memória e se manifestando na forma da lembrança de emoções, sons e imagens.
Uma pessoa que sofreu um processo traumático acaba vivenciando, com frequência, o acionamento de gatilhos mentais que a fazem reviver e relembrar sentimentos e momentos angustiantes de sua história, trazendo efeitos severos à sua saúde e vida.
Mas qual a origem estes traumas? A resposta, apesar de simples, demanda um retorno à fase da infância, já que, neste estágio, as crianças são como folhas de papel em branco aguardando para serem preenchidas por experiências benéficas ou não que ficarão no inconsciente por toda a existência. Sendo assim, pela falta de maturidade para compreender e filtrar aspectos positivos à mente, quando pequenos, acabamos armazenando informações que só nos causam mal, decorrentes de inúmeros fatores do convívio familiar, social e de amizades. Esta ocorrência caracteriza o surgimento das aflições.
Além disso, por serem complexos e causarem imensa dor e sofrimento, os traumas acabam se subdividindo em uma série de tipos, por exemplo, os decorrentes de:
• Assaltos a mão armada;
• Acidentes envolvendo veículos e outros elementos;
• Perda de entes queridos ou animais de estimação;
• Mudanças drásticas na vida, como domiciliares, escolares ou laborais;
• Violência física, mental e sexual;
• Maus tratos;
• Brigas constantes entre os responsáveis;
• Rompimento de relacionamentos com amigos e pessoas do convívio social;
• Separações conjugais;
• Entre outras situações intensas.
Infelizmente, estes episódios abrem espaço para o desenvolvimento de sequelas significativas que terão efeitos drásticos nas relações da vida adulta e nas reações às circunstâncias rotineiras. Elas se manifestam por meio de sintomas físicos (alterações no batimento cardíaco, queda ou aumento da pressão arterial, sudorese e tremores excessivos) e psicológicos (ansiedade, confusão mental, culpa, desespero, dificuldade de concentração, irritabilidade, síndrome do pânico, paranoias, pensamentos negativos e, por vezes suicidas, raiva, tristeza e depressão), trazendo desafios para a realização de tarefas simples e necessárias para viver.
Por isso, torna-se essencial o investimento em autoconhecimento, para que a compreensão do seu passado beneficie o seu presente e futuro, com o respeito aos seus limites, objetivos, necessidades e desejos e o sentimento de que é possível aproveitar uma vida saudável, repleta de autoestima e segurança.
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