Começo essa nossa conversa com a pergunta: “Quanto vale uma curtida nas redes sociais?”
Em princípio, a resposta demandaria uma profunda análise sobre alguns aspectos, mas, em geral, o custo pode ser alto, em virtude dos impactos negativos provocados na autoestima e na identidade dos usuários.
Apesar disso, é inegável que a tecnologia proporcionou grandes avanços e ganhos à rotina de todos. Visto que trouxe eficiência e praticidade para ações que demandavam disponibilidade de tempo e componentes físicos. Entretanto, por outro lado, caso o consumo se der de forma excessiva poderá acarretar prejuízos psicológicos irreversíveis à usuários de todas as idades.
Neste contexto, postar nas redes sociais tem se tornado uma espécie de competição exibicionista de aparências: mais bonito, mais rico, mais bem sucedido, mais interessante, enfim, é mais quem quer apresentar-se feliz em uma vida perfeita em busca de seguidores e muitas curtidas.
Este excesso de “perfeição”, tem gerado baixa autoestima, sentimento de insatisfação e incapacidade ao consumidor das redes sociais, por causar a sensação de não Ter o suficiente, não Ser o bastante nessa “disputa” de superego postado diariamente.
Em verdade, parece existir um certo vazio na vida destes internautas exibicionistas, o qual funciona como mola propulsora da necessidade de ser validado e aprovado, de modo que a vida tenha um significado. Vida perfeita e permanentemente feliz é uma ilusão, posto que os problemas e desafios são inerentes à condição de aprendiz do ser humano, além do que, a beleza da vida está nas sutilezas e simplicidade do dia a dia.
Neste sentido, peço aqui, licença para transcrever um trecho da música “Trem bala” cantada por Ana Vilela, que ilustra, justamente o sentido do intento deste artigo: “Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar
E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar
Também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais
Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás
Segura teu filho no colo
Sorria e abrace seus pais enquanto estão aqui
Que a vida é trem-bala, parceiro
E a gente é só passageiro prestes a partir…”.
Por isso, para ter uma saúde mental equilibrada e à prova de um mundo surreal, como o exibido nas redes sociais, invista em você mesmo, em seu autoconhecimento, bem-estar, se conecte com o seu verdadeiro Eu. Deste modo não será necessário se desconectar, se distanciar do universo digital, uma vez que, fortalecido em si mesmo, dono de sua autonomia e de uma identidade saudável, terás capacidade de acolher suas vulnerabilidade sem a desleal comparação com os perfis “perfeitos” que saltam ao olhos nas telas dos aparelhos eletrônicos.
Caso encontre dificuldade em percorrer o caminho da autoaceitação, autoconhecimento, amor-próprio, autoestima, autocuidado, não hesite em nos procurar, pois, a terapia da Constelação Familiar Sistêmica e da Identidade, podem te ajudar, inclusive a dissolver outras questões, como problema com relacionamentos malsucedidos, insucesso profissional, fracasso financeiro, entre outros.