A autoaceitação, por definição, é a ação ou resultado de aceitar a própria forma de ser, a própria personalidade, os próprios defeitos e qualidades. É aceitar a si mesmo, é abraçar tudo o que você é, como os pensamentos, emoções, falas, ações e traços de personalidades.
Aceitar a si mesmo, do jeito e forma como se é, não é tarefa das mais fáceis, posto que envolve o reconhecimento e a visão clara do próprio sofrimento. Isto é, envolve as sensações de bondade para consigo mesmo. E, como não temos a disciplina “educação emocional” durante o nosso desenvolvimento, normalmente, desconhecemos o sentimento da autocompaixão.
Quando a nossa dor vem do autojulgamento e da autopunição é ainda mais difícil vê-la como um momento sofrido. É o que acontece quando sentimos raiva de nós mesmos por maltratar, julgar ou ser injusto com alguém do nosso círculo familiar e profissional. Se não alcançamos, continuamente, nossos objetivos, sentimo-nos culpados. Normalmente não reconhecemos esses momentos como um tipo de dor digno de uma resposta compassiva. Afinal de contas, eu errei. E, se falhamos, significa que não merecemos compaixão, certo? Bem, você pune os seus amigos ou a sua família quando eles cometem erros? Ainda que a resposta seja sim, você se sente bem com isso?
Todos cometem erros eventuais, é um fato da vida. Logo, todo mundo é digno de compaixão. E, você não é diferente.
Quando abraçamos a autoaceitação, o nó apertado do autojulgamento negativo começa a se dissolver e é substituído por uma sensação de calma e aceitação. Você verá que a autoaceitação envolve querer saúde e bem-estar para si mesmo.
De muitas formas, a autoaceitação tem o poder de transformar o sofrimento em alegria, mesmo não sendo tarefa fácil. Segue algumas estratégias que podem auxiliar na conquista da autoaceitação:
• A comparação deve ser eliminada: se comparar com os outros gera uma sensação de insuficiência constante, com o pensamento de que suas ações e trabalhos são ineficazes. Ao invés disso, relacione o seu “Eu” do passado, com o do presente e veja o quanto você se aprimorou e melhorou neste período;
• Não faça da opinião dos outros uma verdade inquestionável: ouvir, de forma inquestionável, a opinião alheia pode impedir a manifestação do seu potencial e personalidade, o que pode fazer você subestimar seus interesses. Por isso, não se preocupe tanto em agradar aos outros, concentre-se em você mesmo;
• Assuma a responsabilidade de suas ações, atos e decisões e não se vitimize: suas escolhas têm impacto direto nas relações e situações vividas e, quanto mais cedo tiver consciência disso, mais rápido você adquirirá o entendimento de que elas moldam suas emoções, atitudes e quem você é, verdadeiramente;
• O autoconhecimento é a chave: identificar e aceitar fragilidades e imperfeições auxilia na construção do amor-próprio e evita ações destrutivas, além de gerar uma vida mais saudável e feliz;
• Pratique a positividade em relação a si: fazer uma autocrítica respeitosa contribui para mudanças de percepções e comportamentos maléficos, permita-se o aperfeiçoamento como amigo, familiar, profissional e outros papéis desempenhados;
• A perfeição existe por trás da imperfeição: por último, mas não menos importante, compreenda suas deficiências como um ponto de partida para a mudança rumo ao aperfeiçoamento e evolução como ser humano.
Ter consciência do seu verdadeiro “Eu” contribui para a construção de um diálogo interno saudável e respeitoso frente às suas limitações e dificuldades, impedindo que julgamentos e comentários carregados de negatividade minem a sua autoestima e autoconhecimento.
Assim, tenha empatia por si mesmo, acolha seus erros, aceite suas mudanças e reconheça que o progresso é um processo constante e essencial para a conquista da autorrealização, bem-estar e plenitude na vida.
Contudo, caso haja dificuldade no processo de autoaceitação, tendo em vista que existem questões pessoais mais profundas do que se tem consciência, que impedem o avança de seus objetivos, como traumas na gestação, na infância, na adolescência ou na vida adulta, a Constelação Familiar e da Identidade, podem te ajudar. Conte conosco!