Nós, humanos, somos seres por excelência racionais, isto é, pela razão fazemos uso do raciocínio com pensamentos sequenciais, lineares, com começo, meio e fim, certo e errado, bom e mal, melhor e pior, etc.

    O Pensamento Sistêmico é uma nova maneira de pensar, originária da teoria geral dos sistemas abrangentes que inter-relaciona o ser humano com a consciência da totalidade com aceitação de tudo como é, sem intenção de controle, sem preconceito, sem julgamento, de forma leve e pacífica.

    O que são sistemas? Um sistema é um complexo de elementos em interação, ou seja, deve-se conhecer não somente as partes, mas também todas as relações existentes entre elas. Por exemplo, nosso corpo é constituído por vários sistemas: respiratório, circulatório, digestivo, urinário, reprodutor, ósseo, muscular, nervoso e outros mais. Deste modo, cada sistema é composto por um complexo de elementos, que isolados não teriam motivo para existir, no entanto, são imprescindíveis quanto à função que exercem no todo. Assim, se um dos sistemas não funciona adequadamente, o corpo como um todo sofrerá as consequências, isto porque todos os sistemas estão interligados e são interdependentes. Nesse sentido, cada membro do sistema familiar/organizacional tem seu devido lugar e um não pode ocupar o lugar do outro, sem que isto cause um desarranjo no sistema.

    A Constelação Sistêmica, atua possibilitando uma nova visão, um novo olhar sistêmico, como uma mente expandida que é a abertura para capturar o todo, o global que vai além do espaço físico que nos cerca, pois pode-se enxergar com os “olhos” da mente, onde os pensamentos começam a ser produzidos. O raciocínio caminha então de forma circular, em busca de respostas ou soluções, levando em conta o entrelaçamento entre todas as variáveis que nossos pensamentos produzem, isto é, considera-se todo o contexto e, não apenas parte isolada.

    Assim, a finalidade da Constelação Sistêmica é reincluir pessoas excluídas de um sistema, reconciliar partes dessa rede de conflitos e reordenar as estruturas de ordem do sistema observado.

     A Constelação Familiar é uma nova abordagem da Psicoterapia Sistêmica desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger, com a finalidade de buscar diagnóstico ou solução de problemas e conflitos entre relações sistêmicas, revelando os emaranhamentos/vínculos disfuncionais inconscientes no sistema de origem, seja empresarial ou familiar, e ao fazer isso, torná-los tratáveis.

     A Constelação Familiar, aplicada às pessoas, pode-se constelar questões como, relacionamentos malsucedidos, insucessos profissionais ou pessoais, traumas, obesidade, distúrbios alimentares, vícios, medos, doenças, repetição de padrões comportamentais limitantes como falência, violência doméstica, sensação de que algo ruim irá acontecer quando completar uma certa data de aniversário dentre outros.

    Já a Constelação Organizacional, empregada nas instituições como um todo ou em questões específicas, como as de ordem societária, financeira, de expansão, entre outras.

     É um método terapêutico que refere-se a fenomenologias psíquicas, inconscientes e observáveis e por isso, as Constelações não trabalham com dogma de nenhuma religião ou misticismos.

     A terapia do trauma – método IoPT (Teoria e Terapia do Psicotrauma orientadas para a Identidade), também conhecida como Constelação da Identidade/Trauma ou Encontro Consigo Mesmo, foi desenvolvida pelo alemão, PhD em psicologia, Franz Ruppert que possibilita a compreensão e a solução de problemas que atravessam gerações. Com esse método é possível acessar sentimentos de dor e sofrimento gravados no inconsciente.

     Um psicotrauma é um evento com o qual uma pessoa, com suas capacidades psicológicas, é incapaz de lidar. O trauma engloba algumas das experiências vividas por um indivíduo desde a sua concepção (fecundação do óvulo) até o momento atual. 

     O que determina o trauma é o senso de desamparo, de instabilidade e a ativação do estado de alerta do sistema nervoso central, os quais desregulam o modo de processamento das emoções (senso de segurança) do indivíduo ao experienciar o evento traumático. 

     A Constelação da Identidade tem o potencial de permitir que as pessoas reconheçam bons sentimentos sobre si mesmo, e desenvolvam a autoaceitação, incluindo a aceitação de todas as experiências negativas vividas anteriormente. Para além de confrontar o trauma, desenvolver empatia e amor-próprio. É conectar-se à alegria da sua própria existência e confiança na força e vigor da vida.